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MANUTENÇÃO EM CILINDROS PNEUMÁTICOS

Manual de Manutenção em Cilindros Pneumáticos

A manutenção em cilindros pneumáticos, seja ela preventiva ou corretiva, é de suma importância para possibilitar a extensão da vida útil do equipamento. No entanto, para realizar a manutenção deve-se analisar o estado de conservação dos itens que o compõem para certificar-se que a manutenção está sendo eficaz, realizando a troca dos itens que estão já danificados (no caso da manutenção corretiva), ou que ainda são os mais suscetíveis a desgaste (no caso da manutenção preventiva). Segue abaixo alguns passos e informações pertinentes a manutenção em cilindros pneumáticos.

1 – Teste inicial

No primeiro passo temos duas situações: uma manutenção preventiva e outra corretiva no cilindro a ser realizado a manutenção.

No caso da manutenção preventiva do cilindro pneumático, o cilindro não teria apresentado nenhum defeito no seu funcionamento. Entretanto ainda assim é recomendado realizar um teste em ambiente de bancada, com variadas pressões de alimentação (entre 1,5 até 10 Bar).

No caso da manutenção corretiva do cilindro pneumático, se foi constatado que o cilindro apresenta algum problema (vazamento de ar, acionamento travado, perda de força), o teste inicial em bancada ajuda a pontuar os defeitos que o cilindro apresenta. Por exemplo, um cilindro com vazamento de ar em seu raspador, geralmente também apresenta desgaste nas vedações internas do êmbolo.

2 – Verificação do estado dos componentes do cilindro

Um cilindro basicamente é constituído de: camisa, haste, cabeçotes, êmbolo e vedações (vedações do êmbolo, haste, amortecimento e cabeçotes). Ao se realizar a desmontagem para realizar a manutenção do cilindro pneumático deve-se observar o seguinte:

Estado de conservação da haste

Caso a haste apresente ranhuras, é necessário realizar a troca da haste. Isto porque essas ranhuras, dependendo da profundidade, causam vazamento no raspador logo que o cilindro é pressurizado, e caso sejam menores mesmo que não causem de imediato um vazamento irão desgastar o lábio de vedação do raspador muito mais rapidamente.

Estado de conservação da camisa

Caso o cilindro tenha apresentado vazamento interno no teste inicial, o estado de conservação da camisa pode ser um dos fatores. Caso a camisa possua riscos ou ranhuras internas, certamente haverá um vazamento de ar de um lado para o outro do êmbolo, o que acarreta na perda de força do cilindro. A camisa deve estar sem riscos e não ovalizada para funcionar corretamente;

Estado de conservação das vedações

Deve-se observar atentamente o estado de conservação das vedações, visto que elas são os componentes mais suscetíveis ao desgaste do cilindro. Caso verificado vazamento interno do cilindro e/ou vazamento externo na haste uma das possibilidades é o desgaste das vedações. Deve-se então realizar a troca dessas vedações, para realizar a manutenção do cilindro utilizando um Kit Reparo.

3 – Limpeza

Para continuar com a manutenção do cilindro pneumático deve-se prosseguir agora com a limpeza. Em geral, deve-se realizar a limpeza principalmente da camisa internamente, local onde a maioria das impurezas da rede de ar vai se assentar devido a graxa de lubrificação do cilindro, ou mesmo ainda do óleo lubrificante utilizado no Conjunto Lubrifil que alimenta o cilindro. Uma recomendação de uso para realizar tal limpeza é um desengraxante. Proceder também com a limpeza da haste e dos cabeçotes. Secar com pano limpo.

4 – Troca das vedações

Sendo a manutenção preventiva ou corretiva no cilindro pneumático deve-se realizar a troca das vedações do cilindro, principalmente as vedações do êmbolo e da haste que são as que mais desgastam, devido ao atrito dinâmico com a camisa e a haste. No Kit Reparo são fornecidas as vedações de amortecimento para realizar a troca.

5 – Lubrificação

Realizar a lubrificação da camisa do cilindro pneumático com graxa longtime PD2. Quanto à quantidade de graxa a ser utilizada, recomenda-se uma fina camada que cubra todo o interior da camisa. Isto é, uma grande quantidade de graxa não irá auxiliar na movimentação do cilindro e só servirá para acúmulo de impurezas da rede.

6 – Montagem

Finalmente deve-se remontar o cilindro pneumático observando a necessidade de aperto dos parafusos ou tirantes em “X”.

7 – Teste final

Após a montagem, deve-se levar o cilindro pneumático para realizar um teste de bancada. Realizar acionamentos em variadas pressões (1,5 até 10 Bar). Importante notar que para melhores resultados em notar possíveis vazamentos de ar, um ambiente de pouca movimentação e baixo barulho se torna essencial. 

Caso a bancada tenha tal opção, realizar teste de vazamento interno, ou ainda de forma manual: avançar ou recuar o cilindro totalmente, mantendo-o pressurizado e com o lado onde está o ocorrendo o escape do ar colocar a mangueira dentro de um recipiente com água e verificar se há borbulhamento. Se atentar também se há vazamento entre a camisa e os cabeçotes, indicando falta de aperto ou ainda que a vedação que veda o ar entre a superfície interna da camisa e dos cabeçotes está danificada. 

Completando esse teste e não havendo nenhum problema a manutenção do cilindro pneumático está feita e o equipamento está pronto para uso.

Observações adicionais

  • Devido ao desgaste das vedações do êmbolo a tendência é que com o tempo, além do vazamento interno que acarreta a perda de força do cilindro pneumático, caso houver uma carga radial constante ao longo da haste do cilindro, irá causar uma excentricidade entre o êmbolo e a camisa. Sendo o êmbolo feito em alumínio ele causará ranhuras na face interna da camisa. Isto ocasionará além de vazamentos e do desgaste das vedações, a inutilização da camisa, se tornando necessário a troca de ambos camisa e vedações para conserto do cilindro. Tal erro pode ser evitado tanto com o dimensionamento correto da aplicação, evitando cargas radiais ao longo da haste (utilização de guias), bem como a própria troca das vedações periodicamente;
  • O ambiente em que o cilindro pneumático se encontra deve ser um dos fatores primários na escolha do modelo de cilindro a ser utilizado. Ambiente de alta temperatura, humidade ou mesmo condições climáticas devem ser levados em conta. Ou ainda se o cilindro trabalha em ambientes corrosivos, alimentícios e etc., são um dos maiores fatores na escolha do cilindro e dos materiais que o compõem (haste em inox, vedações em Viton, …).
  • Sendo o cilindro pneumático lubrificado na montagem com graxa, não é necessário e nem recomendado a lubrificação através de um lubrificador na rede. Porém caso utilizado, não se deve retirá-lo, pois o óleo lubrificante ‘retira’ a lubrificação dada pela graxa. Então se deve: relubrificar com graxa ou manter o ar lubrificado com o lubrificador.

 

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